Ao contratar um consórcio, a pessoa se junta a um grupo para adquirir um bem desejado, como um imóvel, carro ou caminhão. A possibilidade de compra desse bem surge quando o participante é contemplado, o que pode ocorrer de duas formas: por meio de sorteios, realizados geralmente de forma mensal, ou por lances, que funcionam como leilões internos.
Uma vez contemplado, o consorciado recebe a chamada carta contemplada. Esse documento garante o direito de adquirir o bem almejado. A partir desse momento, o consorciado tem duas opções: utilizar a carta para efetivar a compra e continuar pagando as parcelas do consórcio, ou transferir a carta para um terceiro, que assumirá a responsabilidade pelo restante do consórcio.
Vantagens de transferir a carta contemplada
Suponhamos que o consorciado escolheu vender a carta contemplada. Quais são os benefícios dessa escolha para quem a compra?
Diversidade de opções: há uma variedade infinita de opções de consórcio no mercado. Casa, carro, caminhão, terreno, viagens… basta saber o que quer e procurar.
Economia: ao comprar a carta contemplada, o individuo deixa de investir em lances ou esperar ser sorteado, além, é claro, de poder ter um planejamento financeiro tranquilo e sem a incidência de juros.
Flexibilidade na negociação: ao ter acesso à carta contemplada, o comprador pode adquirir o bem imediatamente. Isso traz vantagens no momento da negociação do bem, como descontos por ser a vista.
E, quanto as vantagens para quem vende?
Optar por vender a carta contemplada pode ser uma escolha estratégica para o consorciado, especialmente em determinadas situações.
A primeira vantagem que destacamos é a liquidez imediata, já que vender a carta contemplada oferece ao consorciado a possibilidade de obter uma quantia considerável de dinheiro em mãos rapidamente, sem a necessidade de esperar pela valorização do bem ou pela conclusão do consórcio. Isso pode ser especialmente útil em emergências financeiras ou quando surge uma oportunidade de investimento mais interessante.
Além disso, ao transferir a carta contemplada, o consorciado se libera do compromisso de continuar pagando as parcelas do consórcio, o que pode ser vantajoso se as condições financeiras mudaram desde o início do contrato ou se o objetivo original do consórcio já não é mais uma prioridade.
Por fim, dependendo do mercado e da demanda pelo bem objeto do consórcio, o consorciado pode vender a carta contemplada por um valor superior ao que já foi pago, resultando em lucro. Isso é especialmente comum em consórcios de imóveis, onde a valorização do bem pode aumentar o interesse de terceiros em adquirir a carta contemplada.
Qual o processo para a compra da carta contemplada?
Primeiro, é necessário saber o que se pretende comprar, para escolher a carta certa. Após isso, e também definindo a administradora da transação, é hora de partir para a negociação de valores e prazos.
Nesse momento, analisar condições como valor da cota e das parcelas restantes, assim como das regras do consórcio, é muito importante. Em seguida, deverá ser feita a transação da cota e dos valores acordados, assim que a administradora aprovar a solicitação de transferência.
Um contrato de cessão de direitos será assinado e a carta contemplada estará novamente disponível para uso.